Antonina
se despede da 15º edição do Festival de Inverno da UFPR
Malabarista no Trapiche
Autor: Rute Marques
Depois
de muito movimento nas ruas, espetáculos lotados, filas,
diversão e muito trabalho a cidade de Antonina se despede
do 15º Festival de Inverno da UFPR. Foram oito dias
de atividades intensas que agitaram a cidade, entre
oficinas, shows, e manifestações culturais diversas
que fazem do Festival essa miscelânea que atrai e motiva
as pessoas há 15 anos.
Há quem diga que estar em Antonina é estar em uma outra
dimensão. Uma dimensão de aprendizado, brincadeira,
crescimento pessoal, e de misticismo, como mostra o
“Roteiro Fantástico”. Tudo contribui para a formação
do clima mágico que cerca esse evento tradicional encantando
várias gerações.
Baixando
a lona – Os últimos dias do Festival, vistos com pesar
pelo comércio local, é sinônimo de descanso para as
pessoas envolvidas na organização. O trabalho que muitas
vezes passa despercebido pelo grande público começa
muito antes da abertura do Evento para que a sintonia
seja perfeita.
Todo ano a mobilização começa em outubro com a programação
das oficinas em forma de projetos que posteriormente
são selecionados por uma comissão avaliadora. Depois
são pensados os espetáculos, feitos os contatos e previstos
os projetos para seleção. Na continuidade é lançado
o concurso dos cartazes, identidade visual do Festival,
e no passo a passo outros detalhes vão sendo acertados
na Coordenadoria de Cultura.
O
diretor de palco Wilson M. Voitena chegou em Antonina
uma semana antes da abertura para coordenar a montagem
do cenário dos principais acontecimentos do Festival.
“A gente fica tanto tempo na cidade que no meio da semana
já dá vontade de voltar para casa”, desabafa. Para que
tudo funcione de acordo com o que foi planejado o envolvimento
de toda equipe organizadora é essencial, como uma grande
máquina com diversas engrenagens. È o segundo Festival
de Jair C. de Oliveira que trabalha na parte de apoio.
“Com as edições do Caranguejo e Caranguejinho fazemos
cerca de 4 mil cópias todos os dias” comenta.
O
trabalho é puxado e de vez em quando acontecem imprevistos,
como o cancelamento do show do “Caxaprego” esse ano.
“Precisamos estar preparados e ter sempre uma carta
na manga. Como num jogo de xadrez é preciso prever os
lances para não levar um xeque mate”, explica Voitena.
Adeus
Antonina – No sábado, logo depois do show de encerramento
todo o aparato foi desmontado e no domingo os últimos
equipamentos foram recolhidos encerrando as atividades
desse ano. De acordo com Prof.ª Dra.ª Sandra Regina Kirchner Guimarães, Pró-Reitora
de Extensão e Cultura, o Festival cumpriu mais uma vez
com as expectativas lançadas e se consolida uma vez
mais como o maior evento de extensão da Universidade
no Sul do País. Esse Festival terminou, mas não a “missão”
de toda uma equipe comprometida com essa grande festa
que interfere de maneira positiva na rotina de uma comunidade
carente de presença e incentivo. Crescer com a Universidade
é uma tarefa que Antonina absorveu e acreditou, assim
como também cresce a certeza de mais um Festival. Contar
e fazer histórias é uma das lições que ficaram dessa
edição, e ficaram para dizer “ok pessoal, tudo pronto,
até breve Antonina!
Artesãos
e artistas montam circuito econômico e cultural paralelo
à programação oficial do Festival
Movimento nas barracas
Autor: Rute Marques
Tão
logo a noite cai em Antonina, os artesãos e artistas
começam a armar suas tendas e barracas pelas ruas próximas
ao palco principal na esperança de conseguir vender
seus artigos aos participantes do 15º Festival de Inverno
da UFPR.
Para
muitos deles, o evento é uma oportunidade de ganhar
um dinheiro extra. Vende-se de tudo: bijuterias, quadros
em cerâmica, pinturas em telhas, miniaturas de latas
de refrigerante, roupas, cachecóis, anéis, pulseiras
e colares.
A
artesã Alda Helena Stockflth consegue lucrar no Festival
mais do que na temporada de férias. Ela vende peças
feitas em lã, tapeçaria, porta-jóias decorados com paisagens
de Antonina e enfeites de biscuit. Algumas mercadorias
são feitas com materiais alternativos da região como
troncos de árvores. “No Festival, vendo em torno de
70% a mais que nos outros meses do ano. Para quem sobrevive
apenas do artesanato, o evento é uma oportunidade de
melhorar a renda”, comenta.
Sob
a tenda, Cleberson da Silva Ribeiro, conhecido como
Nenê, agilmente pinta seus quadros em azulejos de cerâmica.
Em cinco minutos, seus dedos pincelam a tinta a óleo
e dão forma aos desenhos, reproduzindo as paisagens
de Antonina. Para ele, “o Festival de Inverno também
é a época de ter mais lucros.” Nenê expõe seus trabalhos
em feiras e eventos no Paraná e Santa Catarina.
Luciana
Bello e Leandro Braz vendem pulseiras, colares e brincos,
além de fazerem dreads – enfeites de lã e fios feitos
no cabelo. Os dois ainda não conseguiram vender o que
desejavam, mas esperam reverter os prejuízos até o fim
do Festival. “Durante a semana as vendas param um pouco
porque o número de pessoas diminui. Mas com o pessoal
que virá para cá na sexta, imaginamos lucrar um pouco
mais.”
Os
comerciantes autônomos também aguardaram o movimento
do Festival com muita expectativa. Por volta das 18
horas eles começam a montar os carrinhos de cachorro-quente,
churros e pipoca. Helio Fernandes, que vende cachorro-quente
em Antonina há sete anos, revela que na semana do Festival
ele consegue vender o triplo do que nas outras épocas
do ano.
Não
é só a economia paralela que ganha fôlego com o Festival.
Inúmeros artistas, aproveitam essa semana para fazer
suas apresentações. A “Casa do Terror” é a atração de
fora da programação mais procurada pelas pessoas. A
organizadora da casa, Alexsandra Souza Torres Silva
conta que a idéia surgiu há cinco anos numa festa junina
na cidade. Na indecisão de escolher entre uma brincadeira
como pescaria ou tomba latas ou uma barraca de comida,
eles resolveram fazer algo que Antonina nunca viu. E
então montaram a “Casa do Terror”.
Um
pequeno grupo de adolescentes se fantasia de vampiro,
bruxa, morte, palhaço assassino e aterroriza quem entra
na casa. Toda decorada com teias de aranha, caixão,
caldeirão, a casa reproduz os castelos mal assombrados
das histórias de terror. As pessoas andam por quatro
cômodos e pouco a pouco vão sendo surpreendidas pelos
personagens. A entrada custa R$ 1,00 e o dinheiro arrecadado
será revertido para a APAE – Associação de Pais e Amigos
dos Excepcionais de Antonina.
Crianças encantadas pelas histórias dos contadores
Autor: Silvia Maoski
Brincar com o texto, com a sonoridade, com os silêncios
cheios e as intenções da história. “É necessário materializar
as imagens no ar”, explica a arte-educadora Cléo Busatto
aos atentos participantes da oficina “Contar e encantar
– pequenos segredos da narrativa”.
Parece
fácil, mas não é porque, como diz a ministrante “o limite
entre o teatro e a narrativa é muito tênue”. No teatro
o ator interpreta, dá vida a alguém dentro de um determinado
ambiente. No entanto, a narração apenas sugere o personagem
e deixa ao ouvinte a construção dos demais elementos,
trabalhando intensamente a intenção e a imaginação.
“Estas são as diferenças”, complementa.
Quanto
às emoções, o que vale mesmo é a essência dos afetos
e sentimentos como raiva, carinho, pesar, medo e outros,
não somente a caricatura dos mesmos, conta Cléo, que
também é escritora. Frisando bem, repete: o contador
precisa estar atento ao texto, perceber o público, os
espaços, ter o domínio da palavra, sempre brincando
com as possibilidades que a história traz. E pede, convicta,
a atenção dos alunos: “o corpo também fala na narrativa,
qualquer movimento dá leitura!” Os contadores da oficina
já estão em ação no Festival, à tarde na praça e à noite
no restaurante. O convite é só para sentar e ouvir a
turma do “... era uma vez...”
Fandango: tradição no Festival
Autor: Rute Marques
Entrar
numa verdadeira conexão com as origens culturais do
Paraná é uma das possibilidades que contempla os participantes
da oficina “O sagrado e o profano – Festa Fandangueira”,
ministrada pela arte-educadora Maria de Lourdes da Silva
Brito.
Por
meio do teatro/dança a ministrante planta dois momentos
importantes: a experiência de vivenciar pela Arte os
significados e as diferenças existentes entre o “sagrado”
e o “profano”.
Segundo
Maria de Lourdes, as manifestações artísticas como a
dança acontecem numa contagem diversificada, “é o tempo
de recriar a obra de Deus”, ensina aos alunos da oficina.
Numa roda fandangueira, por exemplo, o fator “tempo”
se dilata tornando-se aliado dos sinais e recados passados
pelo ritmo contagiante e pelos movimentos vibrantes,
explica. O Fandango resgata também a figura da mulher
paranaense, altiva e centrada. É ela o porto e a direção
da família, responsável pela rotina da casa e pela educação
dos filhos. “Cuidar de tudo, marcar a roda” é o papel
da mulher no Fandango, conta a ministrante. Por outro
lado, fala ainda do “profano”, definindo o termo, com
os olhos da artista, como uma outra dimensão de tempo:
é o “relógio” dos espaços formais, do cotidiano, dos
compromissos e atribuições de cada um, comenta.
Tambor
de Crioula é lá do Maranhão – Embalando os sons desses
dias de Festival o “Tambor de Crioula” também veio lá
do Maranhão trazendo um pedacinho da cultura do Norte
do País. O músico Angelo Teixeira Passos, ministrante
da oficina, ensina aos alunos os primeiros passos do
ritmo: “é preciso tomar cuidado, distinguir as notas
musicais, ritmar as batidas e separar a nota grave,
a mais importante do tambor, levantar a cabeça, por
o peito para frente e principalmente, ficar em posição
de ataque”, explica. Depois de tudo pronto, o ritual
exige que os tambores sejam afinados a fogo para puxar
a toada com as saias coloridas e uma vela acesa para
São Benedito. E finalmente a ordem é cantar assim “
eu cheguei, eu cheguei, eu cheguei com a minha turma
eu cheguei...”
Crianças
confeccionam instrumentos na oficina de Percussão Artesanal
Alunos interessados na confecção dos instrumentos
Autor: Rute Marques
Fabricar
instrumentos como surdos, repiques, caixas de guerra,
bacurinhas e outros, com materiais alternativos, é a
proposta da oficina de Percussão Artesanal, ministrada
pelo percussionista baiano Paulinho Porto.
Esta
atividade reúne cerca de 60 crianças e adolescentes
nos períodos da manhã e tarde. "Lá, quase tudo vira
instrumento: papelão, cano de PVC, cabo de vassoura,
espuma de travesseiro e chapa de zinco. Os primeiros
dias estão sendo dedicados à confecção e os dois dias
restantes ao ritmo”, diz o ministrante.
A
oficina é um braço do projeto ESCRIAL – Escola de Cultura
Rítmica com Instrumentos Alternativos, criado por Paulinho
em Matinhos, litoral paranaense, que atualmente reúne
150 crianças entre 5 e 18 anos.
“Depois do Festival, o projeto será implantado em Antonina
com o apoio da Prefeitura local”, conta Paulinho. “A
iniciativa visa contemplar aproximadamente 100 crianças
e adolescentes da cidade”, destaca. Os alunos do projeto
ESCRIAL, de Matinhos farão uma apresentação nesta quinta-feira,
dia 14, na UFPR Litoral, durante a divulgação do resultado
do vestibular.
Artesãos
de Antonina aprendem Tecelagem no Festival
Artesãos aprendem a técnica
Autor: Rute Marques
Na
oficina de Tecelagem tem de tudo e tudo bem diferente.
Tem cordas de fibra de bananeira e cipó para misturar
com lãs e barbantes coloridos que estão sendo transformados
em centros de mesa, tapetes, toalhas, cintos, bolsas
e o que mais a criatividade de cada um alcançar.
Orientando
os nós e trançados está a tecelã Vânia Madeira, de Guaraqueçaba.
A iniciativa do Festival vem de encontro a um trabalho
que já estava sendo realizado em casa por alguns artesãos
de Antonina, o Grupo Fênix, que já tem trabalhos expostos
na Estação Ferroviária. Agora é só aprimorar as habilidades
e tecer usando os frutos da terra: os produtos da bananeira
colhidos pelos próprios tecelãos.
Festival
de Inverno de Antonina ensina a arte das bijouterias
Especula-se
que o homem começou a usar roupas e adornos por pudor
e para se proteger das intempéries. Ao longo da história
as civilizações dominaram as principais técnicas de
confecção de pulseiras, colares, brincos e peitorais.
Os adornos tornaram-se objetos de diferenciação social
e cultural. A oficina “Bijuterias em cerâmicas”, do
15º Festival de Inverno da UFPR em Antonina, pretende
ampliar o repertório do produtor de arte na construção
do conhecimento sobre o adorno, apresentando as possibilidades
para a inserção do design na produção de bijuterias
em cerâmicas.
De
acordo com a ministrante Marília Diaz, qualquer material
pode virar um colar. ”Os artesãos limitam-se ao material
a ser utilizado. Muitos nem sabem que há adornos feitos
de papel, baquelite, botão, vidro, jornais velhos, embalagens
metálicas, etc”, comenta
Até
sexta-feira, a oficina vai ensinar um pouco da história
e da cultura dos adornos, a seleção de material e a
padronização – para que todas as bolinhas de papel fiquem
do mesmo tamanho por exemplo. Os alunos também aprenderão
a diversificar a produção, usando materiais da região
onde vivem e a confeccionar as peças de acordo com o
público consumidor, com peso adequado e com visual que
agrade aos olhos dos compradores.
Atividades
recreativas animam crianças na praça de Antonina
Atividades na Praça de Recreação
Autor: Rute Marques
Tão
logo as brincadeiras começaram a ser armadas no Espaço
Diversão – promovidas pelo 15º Festival de Inverno da
UFPR em Antonina, na Praça Coronel Macedo – as crianças
entraram em euforia.
Em
pouco tempo os jogos de tabuleiro, de amarelinha, perna
de pau, bolinha de gude e futebol de meia foram tomados
pelas crianças. Segundo o organizador, Wanderley Marchi
Junior, a intenção é fazer com que essas atividades
de recreação se incorporem ao cotidiano das crianças
e adolescentes de Antonina. Serão sete dias de brincadeiras
como futebol de botão, futebol de prego, pula corda,
confecção de brinquedos com sucata e truques de malabarismo.
Para
José Carlos e Maria Antônia da Silva, pais de Larissa,
9 e Paulo, 4, “as atividades do Festival ajudam o desenvolvimento
e o raciocínio das crianças”. Vânia Schimerski, mãe
de Aron, 2, e Aryson, 8, concorda com o casal. “As brincadeiras
sociabilizam as crianças e difundem o estilo de vida
da capital numa cidade litorânea onde o lazer é mais
limitado”, comenta.
As
atividades na praça serão divididas em oficinas de capoeira,
danças, teatro e circo com uma hora de duração, começando
às 13h45min e terminado às 17h15min e jogos e brincadeiras
diversas das 13h30min às 17h30min. Para as oficinas
serão montadas pequenas turmas conforme a faixa etária
das crianças e as “aulas” terão duração de uma hora.
No último domingo, dia 10, os participantes do 15.º
Festival de Inverno em Antonina foram convidados, logo
pela manhã, a participar de uma série de atividades
com objetivo de promover uma vida mais saudável. Um
teatro de bonecos sobre higiene abriu o evento que aconteceu
na sede da Liga de Defesa Contra a Tuberculose.
Durante o dia foram realizadas diversas atividades dirigidas
a pessoas de todas as idades. Após a apresentação da
peça, foi organizada uma caminhada saudável pela cidade
para incentivar a prática de exercícios físicos. “A
intenção é alertar as pessoas para a importância deste
tipo de prática saudável”, comentou o estudante de educação
física Rafael Waldrigues.
Temas como automedicação e educação sexual também foram
abordados nas dinâmicas e palestras e houve inclusive
distribuição de preservativos. “As pessoas ficam um
pouco envergonhadas, mas recebem bem o trabalho” explicou
Alisson dos Santos, sobre a dinâmica que ensinava como
usar corretamente a camisinha.
O atendimento odontológico móvel da Universidade também
esteve presente e realizou cerca de 80 consultas, entre
avaliações e preventivos de câncer bucal, de acordo
com o professor responsável Cassius Torres.
Foram oferecidas ainda orientação nutricional e massoterapia.
Também os alunos das escolas municipais tiveram espaço
para apresentar trabalhos sobre meio ambiente.
Dalton
Trevisan conta e encanta falando do que ninguém vê
Definir Dalton Trevisan é tarefa complicada, assim,
fica mais fácil tentar entendê-lo sob vários olhares.
São muitas obras que requerem muitas leituras, às luzes
da reflexão e do espírito critico de cada leitor.
Mas o traço comum deste escritor, contista e poeta são
os olhos que empresta ao invisível, o que não se pode
ver nem ouvir da Curitiba que conta e descreve, aos
cantos e becos que percorre nas noites solitárias e
frias e aos personagens que faz vivos nas “estranhezas
do comum” dos seus dias e lidas.
Da simplicidade do cotidiano às situações de conflito,
da essência dos homens, “daquilo que é mas de repente
não é” fala Dalton Trevisan em “Pico na Veia”, livro
que inspirou a primeira peça encenada no último sábado,
9, no Theatro Municipal de Antonina, contemplando a
abertura do 15º Festival de Inverno.
Entre
chuva e sol...primeiro dia do Festival de Inverno repete
sucesso das edições anteriores
O grupo Gaúcho Nenhum de Nós abriu oficialmente o Festival
Autor: Bruno Barros
Sol,
garoa, frio, calor...mudanças no clima, mudanças na
rotina de Antonina. No dia 9, primeiro sábado de Festival,
os trabalhos começaram cedo na cidade. Não eram nem
7 horas e a fila das inscrições para as oficinas infantis
– que abriam só às 9h – já era grande, com várias das
opções se esgotando em menos de meia hora.
Na fila que dava a volta na quadra, a dona de casa Petronia
Colman queria garantir a participação da filha Letícia,
de apenas três anos, em pelo menos uma das 22 oficinas.
“Como ela ainda não vai à escola, é uma ótima oportunidade
para interagir com outras crianças”, justificou.
Mesma interação que buscavam as amigas Andréa Gubba,
10, e Evelyn de Castro, 9. “Queremos fazer inscrição
para duas oficinas: Pintar em Antonina e Dança Criativa”.
O que elas conseguiram e o que Gustavo Fuchs, 11, não.
Mesmo tendo chegado às 8h, não havia mais vaga para
o “Caranguejinho”, oficina que ensina como é a produção
de um jornal. “Quero mesmo é participar”, contou. “Agora
vou me inscrever na oficina de Modelagem em Argila.”
Somando-se à alegria do público infantil, Hugo Lopes
dos Santos, 69, também aguardava em frente ao QG – o
Quartel General, onde tudo era organizado. “Quero ver
a programação deste ano”, dizia lembrando com carinho
da “infância” do Festival o qual acompanha desde a primeira
edição. “Gosto mesmo é dos espetáculos que mudam a rotina
da nossa cidade durante oito dias. É tudo diferente.
A cidade fica movimentada, as oportunidades se abrem
para que todos aprendam. O crescimento do Festival é
o crescimento de Antonina.”
Abertura Oficial – No meio da tarde, a cidade via crescer
a população com a chegada de muita gente de bicicleta,
ônibus e mais carros disputando as vagas de estacionamento
nas ruas. Todos esperando pelo show de abertura com
a banda gaúcha “Nenhum de Nós”, que desde cedo já verificava
o palco, a iluminação e todos os detalhes para uma grande
apresentação.
Nem mesmo a garoa, que se transformou em chuva forte
poucas horas antes da abertura oficial, esvaziou o centro
de Antonina. Às 21h30, quando as luzes do palco principal
foram acesas, aproximadamente 5 mil pessoas já estavam
lá, para se emocionar com a apresentação da dupla de
bailarinos bolivianos que dançavam sobre pernas de pau.
Abrindo espaço para o grupo Nenhum de Nós, o reitor
Carlos Augusto Moreira Júnior fez as honras da casa,
saudando o público. “É sempre muito bom estar em Antonina.
O 15º Festival vem consolidar a proposta da Universidade
de trazer os projetos de extensão à comunidade litorânea”,
disse.
“Antonina sente-se orgulhosa em receber mais uma edição
do Festival de Inverno”, complementou o prefeito de
Antonina Kleber Fonseca. “Fazemos isso sempre com muito
carinho e satisfação. Gostaríamos que essa iniciativa
ficasse sempre na cidade. Há 15 anos a semente foi lançada
e floresceu num solo fértil que a UFPR teve a sensibilidade
de perceber.”
E com um céu estrelado e o aconchego da pequena cidade,
“Nenhum de Nós” fez o público dançar cantando o refrão
“Você vai lembrar de mim”. Mais do que apropriado, porque
o Festival de Inverno da UFPR em Antonina ninguém esquece.
Crianças
prestam atenção nas explicações dos monitores
Autor: Bruno Barros
Olhinhos
um pouco tímidos, meio titubeantes. Primeiro chegou
um, depois outro e mais outro e desse modo as 15 crianças
estiveram presentes.
Até parecia primeiro dia de aula. E de fato era. Assim
foi o primeiro dia da oficina “Caranguejinho”, do 15º
Festival de Inverno da UFPR em Antonina. As crianças
e os ministrantes – os alunos de Comunicação Social
da UFPR Bruna Walter e Cristiano Castilho, e o professor-orientador,
Mário Messagi Junior – fizeram no dia 10 uma roda de
discussão para explicar a oficina à garotada.
Pouco a pouco a timidez foi ficando de lado e as crianças
foram se soltando. Cada um se apresentou, falando um
pouco de si, do que gosta, onde estuda, etc. Segundo
Bruna, o objetivo da oficina é desenvolver atividades
jornalísticas com as crianças; aprimorar o texto e estimular
o hábito da leitura; melhorar a desenvoltura no relacionamento
com entrevistados, fortalecer a auto-estima e o trabalho
de equipe; e fazer um informativo que atraia o interesse
das crianças para o que acontece no Festival e em Antonina.
E interesse foi o que não faltou. No dia das inscrições,
meia hora após elas terem começado, já não havia mais
vagas para a oficina.
Neste primeiro contato, as crianças aprenderam um pouco
mais sobre jornalismo e puderam conhecer como é feita
uma página de jornal. Adriano Zambloski, de 13 anos,
ainda estava com a carinha de sono, mas muito animado
com o “Caranguejinho”. Para ele “é uma oportunidade
de aprimorar a técnica de escrever e melhorar a redação
na escola”. Já Geovana Madeira Narcizo, 12, espera ganhar
experiência para decidir se segue a carreira de arqueóloga
ou jornalista. A menina veio de Brasília para participar
do Festival. Ela é filha de Vânia Madeira, que ministra
a oficina de “Tecelagem”.
O material produzido pelas crianças – o “Caranguejinho”
– será encartado no jornal “Caranguejo”, produzido pelos
adultos. Elas irão cobrir oficinas, espetáculos e atividades
destinadas às crianças. Quem quiser acompanhar a edição
da meninada deve ficar atenta à distribuição do “Caranguejo”,
que ocorre todos os dias do Festival a partir das 10h.
Apresentação no 14º Festival de Inverno
Autor: Arquivo
O
frio, tradicional companheiro dos participantes do Festival
de Inverno da UFPR, está presente. Mesmo assim, Antonina
deve ferver a partir de amanhã, dia 09.
Quem imaginou que poderia aproveitar o Festival de Inverno
para pegar uma praia no litoral do Paraná, se enganou.
O frio já está presente e deve animar ainda mais os
participantes da 15ª edição do Festival. "Com frio é
muito melhor. Temos certeza que ele dará ainda mais
ânimo para que o Festival deste ano seja o melhor de
todos", enfatiza a Pró-Reitora de Extensão e Cultura,
Prof.ª Dra.ª Sandra Regina Kirchner Guimarães.
Segundo ela, esta edição é muito especial, "afinal,
é a 15ª. Uma data emblemática para o evento". A organização
já está em Antonina desde terça, dia05, preparando todos
os detalhes para que a partir do show de abertura todas
as ações transcorram de forma a realizar um evento sem
problemas.
Show de abertura - O grupo gaúcho Nenhum de Nós sobe
ao palco do Festival para dar início à programação.
O show começa às 22h. A programação sehue com muitas
apresentações culturais e artísticas, oficinas e atividades
especiais. A programação de todo o evento está disponível
no site do Festival, que pode ser acessada abaixo.
Ainda existem oficinas que possuem vagas, mas o mais
difícil será encontrar lugar para ficar. Mesmo assim,
vale à pena tentar.
Patricia Favorito Dorfman
Fandango
e Reciclagem: oficinas do Festival de Inverno ainda
têm vagas
Oficinas de 2004
Autor: Arquivo
A 15ª edição do Festival de Inverno da UFPR em Antonina
– marcada para o período entre 9 e 16 de julho – ainda
tem vagas para algumas oficinas.
Uma delas é “O Sagrado e o Profano – Festa Fandangueira”.
Dança típica do litoral paranaense, o Fandango foi trazido
pelos portugueses da Ilha dos Açores no século XVIII.
Aos pares, é dançado de duas formas numa grande roda:
o bailado, no qual o homem dança o tempo todo com a
mesma dama e o batido, um modo um pouco mais complexo,
com os cavalheiros trocando de par enquanto sapateiam.
O sapateado é feito pelos homens que batem no assoalho
com um tamanco de madeira e tiras de borracha. As mulheres
movimentam-se requebrando, acompanhando os gestos com
castanholas. O tilintar das esporas dos cavalheiros
e as batidas no chão funcionam como instrumentos musicais
complementares ao Fandango, que é acompanhado por violas
e rabecas, uma espécie de violino rústico feito em caxeta.
O Fandango é uma dança sensual, os pares bailam insinuando-se
uns aos outros. O fato de ele já estar arraigado à cultura
dos litorâneos o faz ser ao mesmo sagrado e profano.
Reciclagem – Outra oficina que ainda possui vagas é
a “Figurino com Material Reciclado”. Segundo a ministrante
Cristine Macedo Conde, a intenção é despertar um novo
olhar aos materiais que geralmente iriam para o lixo.
“O século XXI é o século do reaproveitamento. O objetivo
da oficina é preparar as pessoas para esse novo olhar”,
comenta. Serão utilizados quaisquer tipos de material
reciclável, como roupas e chapéus velhos, sacos plásticos,
papel de bala e embalagens metálicas. A oficina é destinada
à arte-educação e qualquer pessoa que se interessa pela
reutilização de material pode cursá-la.
As inscrições para as oficinas podem ser feitas apenas
até o dia 5, das 9h às 12h30min e das 14h às 17h30min
na PROEC – Pró-Reitoria de Extensão e Cultura, na Praça
Santos Andrade, 3º andar; pelo site www.proec.ufpr.br/festival2005
ou em Antonina no Theatro Municipal das 9h às 11h30min
e das 14h às 17h30min. Para as oficinas infantis as
inscrições estarão abertas dia 9 de julho, a partir
das 9 horas no PIA – Patronato do Idoso de Antonina.
Fandango
e Reciclagem
15º FESTIVAL DE INVERNO DA UFPR AINDA TEM VAGAS PARA
ALGUMAS OFICINAS
A 15ª edição do Festival de Inverno da UFPR em Antonina
– marcada para o período entre 9 e 16 de julho – ainda
tem vagas para algumas oficinas. Uma delas é “O Sagrado
e o Profano – Festa Fandangueira”. Dança típica do litoral
paranaense, o Fandango foi trazido pelos portugueses
da Ilha dos Açores no século XVIII. Aos pares, é dançado
de duas formas numa grande roda: o bailado, no qual
o homem dança o tempo todo com a mesma dama e o batido,
um modo um pouco mais complexo, com os cavalheiros trocando
de par enquanto sapateiam.
O sapateado é feito pelos homens que batem no assoalho
com um tamanco de madeira e tiras de borracha. As mulheres
movimentam-se requebrando, acompanhando os gestos com
castanholas. O tilintar das esporas dos cavalheiros
e as batidas no chão funcionam como instrumentos musicais
complementares ao Fandango, que é acompanhado por violas
e rabecas, uma espécie de violino rústico feito em caxeta.
O Fandango é uma dança sensual, os pares bailam insinuando-se
uns aos outros. O fato de ele já estar arraigado à cultura
dos litorâneos o faz ser ao mesmo sagrado e profano.
Reciclagem – Outra oficina que ainda possui vagas
é a “Figurino com Material Reciclado”. Segundo a ministrante
Cristine Macedo Conde, a intenção é despertar um novo
olhar aos materiais que geralmente iriam para o lixo.
“O século XXI é o século do reaproveitamento. O objetivo
da oficina é preparar as pessoas para esse novo olhar”,
comenta. Serão utilizados quaisquer tipos de material
reciclável, como roupas e chapéus velhos, sacos plásticos,
papel de bala e embalagens metálicas. A oficina é destinada
à arte-educação e qualquer pessoa que se interessa pela
reutilização de material pode cursá-la. As inscrições
para as oficinas podem ser feitas apenas até o dia 5,
das 9h às 12h30min e das 14h às 17h30min na PROEC –
Pró-Reitoria de Extensão e Cultura, na Praça Santos
Andrade, 3º andar; pelo site www.proec.ufpr.br/festival2005
ou em Antonina no Theatro Municipal das 9h às 11h30min
e das 14h às 17h30min. Para as oficinas infantis as
inscrições estarão abertas dia 9 de julho, a partir
das 9 horas no PIA – Patronato do Idoso de Antonina.
Assessoria de Comunicação Social
Fones: (41) 3360-5008 e (41) 3360-5251
Festival de Inverno da UFPR já aquece o turismo em
Antonina
Oficina de bonecos - 2004
Autor: Arquivo
Durante a semana em que é realizado o Festival de Inverno
da Universidade Federal do Paraná a cidade litorânea
de Antonina, a 84 km da capital, muda sua rotina completamente.
Festival
de Inverno promete agitar economia de Antonina
Economia da região deverá ser aquecida, principalmente
com o artesanato
Autor: Arquivo
A
economia de Antonina é aquecida no mês de julho, apesar
do frio. O que acontece é o fenômeno do Festival de
Inverno da UFPR que está em sua 15ª edição.
Abrem
no dia 13 as inscrições para as oficinas do Festival
de Inverno de Antonina Oficina no 14º Festival de Inverno
Autor: Arquivo
O
Festival de Inverno de Antonina deste ano já está com
data marcada: será no período de 9 a 16 de julho a 15ª
edição do maior evento de extensão do sul do País.
Cartaz
vencedor do 15º Festival de Inverno
Autor: Daniel Vitor Cordeiro Correa
Cartaz
vencedor do 15º Festival de Inverno Autor: Daniel Vitor
Cordeiro Correa Na sexta, dia 01 de abril, os professores
da UFPR que compunham a comissão julgadora dos trabalhos
para a escolha do cartaz do Festival de Inverno escolheram
o vencedor.