Metodologia:
As ações deste eixo têm como foco primordial o mapeamento cultural colaborativo e a difusão das práticas culturais das comunidades tradicionais do litoral do Paraná. O acúmulo oriundo destas ações permeará e norteará os demais eixos, principalmente porque a principal ação é o mapeamento. O mapeamento cultural colaborativo que está se propondo, visa aprofundar a compreensão das comunidades, suas práticas e seu território. A metodologia inicial a ser utilizada é do mapeamento cultural colaborativo, pois surge da necessidade de construir mapas onde se considere os aspectos culturais, históricos e costumeiros de uma determinada comunidade, lugar ou território. O mapeamento cultural surgiu com a ampliação dos espaços e a diversificação das formas de representação espacial, além da emergência de novas tecnologias e de novos “sujeitos mapeadores”. Os mapas culturais mostram que novas questões são postas em jogo no que diz respeito aos territórios. As questões políticas, tão presentes nos mapas desde seu surgimento, também aparecem nesse tipo de mapeamento a partir dos planejamentos para as estratégias de controle sobre o território, mas também podem surgir para construir direitos sobre os territórios (ACSELRAD, 2008: p.12-13).Esses agentes sociais dificilmente conseguem visualizar em mapeamentos oficiais suas demandas, seu território. Existe nelas um vazio de informação no que diz respeito a estes grupos, suas histórias, suas experiências, suas formas de trabalho, os modos de existência coletiva. Neles, emerge a autoconsciência do grupo e a construção e desenvolvimento de identidades próprias, neste caso evidenciando o aspecto cultural. Durante anos estas mesmas comunidades/grupos foram “objeto” de pesquisa sejam por professores/alunos da UFPR, nos mais diversos Setores ou por órgãos públicos de gestão cultural. Dessa maneira, a iniciativa do “Projeto Mutirão - Mais Cultura na UFPR” pretende inverter esta lógica e permitir que estes sujeitos sejam produtores de seu conhecimento. Segundo, que o conhecimento já produzido por estes pesquisadores, que se materializaram em artigos, monografias, dissertações, teses possam ser sistematizados e disponibilizados, inclusive para aqueles que são sujeitos deste território, de forma a promover a compreensão de sua realidade com vistas à ação política de fortalecimento de sua diversidade cultural. Este trabalho será diferente junto a cada comunidade tradicional, seja pelo histórico da parceria ou pela apropriação desta metodologia como estratégias de proteção de seus direitos.
Por isso os métodos a serem adotados em cada comunidade serão diversos e aperfeiçoados caso a caso, podendo ser: a Cartografia efêmera (traços de mapas no chão, os participantes utilizam terra, gravetos, folhas, entre outros para representar a paisagem física e cultural); a Cartografia de esboço (esboça-se um mapa com base na observação ou memória. Não conta com medidas exatas, tais como escala consistente [...] envolve o desenho de símbolos em folhas grandes de papel [...]); Cartografia de escala ([...] visa gerar dados de referências geográficas. Isso permite o desenvolvimento de mapas de escala relativamente exata [...]); Modelagem 3D (integra os conhecimentos geográficos com os dados de elevação, produzindo modelos de relevo tridimensionais autônomos, de escala e com referências geográficas); Foto mapas (impressões de fotografias aéreas que são corrigidas geometricamente e dotadas de referências geográficas); Sistema de Posicionamento Global - GPS ([...] os dados registrados são usados com frequência para dar precisão às informações descritas em mapas esboços, mapas de escala, modelos 3D e outros métodos cartográficos comunitários que utilizam menos tecnologia); Sistema multimídia de informações vinculados a mapas (os conhecimentos locais são documentados por membros da comunidade por meio de vídeos digitais, fotografias digitais e texto escrito armazenados em computadores e administrados e comunicados com a interface de um mapa interativo, digital) (CORBETT et al, 2006, p.14).Ainda neste campo do mapeamento cultural colaborativo pretende-se colaborar na alimentação do Registro Aberto da Cultura (RAC) e consequentemente do Sistema Nacional de Informações e Indicadores Culturais (SNIIC) para contribuir na produção, gestão e difusão da produção e da diversidade cultural e artística brasileira. Pari passo com este mapeamento será realizado um inventário de demandas e necessidades culturais das comunidades tradicionais, para fornecer subsídios sistematizados no diálogo perante aos órgãos públicos responsáveis pelas políticas públicas de cidadania e cultura. A partir deste acúmulo, a proposta será desdobrada em mesas de diálogo entre os gestores públicos e as comunidades/grupos artísticos, no sentido de avançar em pautas/agendas que propiciem as iniciativas culturais destas comunidades. Para além destas relações com o poder público, uma das ações é voltada a sociedade em geral, com a finalidade de reconhecimento e apoio às manifestações culturais e artísticas muitas vezes invisibilizadas na região do Litoral.
A presença destas práticas culturais no território mais ampliado do Litoral será possibilitada por intermédio de ocupação de espaços públicos, espaços expositivos, apresentações culturais em Festivais e catálogos dessas mesmas atividades, de forma a compor a memória destas iniciativas. Priorizamos os espaços já existentes da UFPR e da UNESPAR, como Festival da UFPR em Antonina e o Festival de Cultura da UNESPAR, bem como, o Museu de Arqueologia e Etnologia da UFPR, que possui sede em Paranaguá e o Museu de Arte da UFPR, em Curitiba. Compondo com estas iniciativas propomos a produção de materiais audiovisuais em diversos formatos e linguagens, voltadas a públicos variados e com uma difusão irrestrita por meio da internet. Estes mesmos materiais poderão servir de referência e de documentação para reforçar algumas iniciativas em desenvolvimento, como titulação de territórios, denúncias de violações de direitos, reconhecimento como patrimônio cultural, entre outras. E, para que o registro de todas estas práticas possa ser acessado para pesquisa e estudo por estudantes de Educação Básica, de Universidades Públicas, serão organizados editoriais temáticos a respeito da diversidade cultural do Litoral, seja por territórios (Ilhas, Quilombolas, Indígenas) ou por práticas culturais (comida, música, festas religiosas) reforçando as chaves de leitura que apresentamos acima. Estas ações serão construídas de forma dialógica com as comunidades, refletindo permanentemente as suas consequências e reavaliando a incorporação dos efeitos positivos e negativos destas iniciativas de maneira a propiciar a reestruturação do projeto.
Ação: 1. Realizar Cartografia das expressões culturais populares/tradicionais do Litoral do Paraná.
Previsão de realização: Julho/2015 a Dezembro/2015
Custo da Meta (R$): 27.400,00
Indicadores de acompanhamento:
Visitas técnicas (09 comunidades); -Reuniões com as comunidades (03); -09 levantamento e sistematização dos dados; -01 mapa cultural da região do litoral.
% dos indicadores realizados:
100%
Com o objetivo de apresentar as práticas culturais do Litoral do Paraná foi realizado o Levantamento cartográfico, por equipe formada com professores e alunos pesquisadores que se articularam na produção de mapas dentro dessa área de estudo. Para tanto, o conjunto de mapas realizados abrangeu:
O caminho metodológico adotado para o alcance dos resultados constituiu em três etapas complementares: levantamento bibliográfico (Etapa 1), coleta e sistematização de dados cartográficos (Etapa 2), tratamento e confecção de produtos cartográficos (Etapa 3). O levantamento bibliográfico realizado identificou trabalhos, dentro as quais artigos, dissertações e teses desenvolvidas por professores e pesquisadores sobre os mais variados temas ligados às práticas culturais do litoral paranaense. Para realização da coleta, iniciamos uma pesquisa dos programas e projetos de extensão existentes no Setor Litoral da UFPR, a fim de compartilhar os materiais/dados que apresentassem informações sobre as atividades culturais desenvolvidas no litoral do Paraná. Após a pesquisa e análise dos projetos, a equipe entrou em contato (tanto pessoalmente como por meio e-mail) com os coordenadores dos seus respectivos projetos com o objetivo de apresentar o projeto Mutirão Mais Cultura e para possível compartilhamento dos materiais produzidos pelos mesmos. Além desses, a equipe entrou em contato com outros professores que já tiveram produções acadêmicas sobre a região sem necessariamente ser coordenadores de projetos de extensão.
Foram realizadas reuniões com a equipe do NEPTUR do Projeto Turismo de Base Comunitário Guarapés, Com o intuito tanto de averiguar os dados coletados como de estabelecer um contato maior com as comunidades envolvidas no projeto, visitas de campo nas comunidades (Comunidade Quilombola de Batuva), ao Museu de Arqueologia e Etnologia da UFPR (MAE/UFPR), às secretarias municipais de Cultura (e/ou Turismo), bem como, encontros com colaboradores externos ao projeto. Na região de Guaraqueçaba com o intuito de mapear a localização dos mestres fandangueiros da região, a visita de campo foi realizada com servidor e alunos da Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares da UFPR.
Nas visitas foram debatidas quais categorias de atividades culturais seria mapeada, a forma de apresentação dos mapas (modelo acadêmico, turístico, interativo) além do compartilhamento de materiais já produzidos pela equipe.
A impressão do material coletado será realizada pela Imprensa Universitária da UFPR e ficará disponível nas Secretarias de Turismo da Região do Litoral do Paraná, Escolas das Redes Municipais e Estaduais e Museu de Arqueologia e Etnologia da UFPR em Paranaguá.
Ação: 2. Realizar inventário das demandas e necessidades culturais das comunidades tradicionais.
Previsão de realização: Julho/2015 a Dezembro/2015
Custo da Meta (R$):
Indicadores de acompanhamento:
Reunião com as comunidades (09); -09 documentos de sistematização das demandas e necessidades.
% dos indicadores realizados:
100%
As reuniões com as comunidades trabalhadas tiveram dois tipos de formatos:
Os documentos sistematizados implicam no estado atual das demandas das comunidades e conformam um documento único sobre a realidade do Litoral.
Ação: 3. Disponibilizar informação sobre mapeamento, banco de dados e atividades do projeto.
Previsão de realização:Janeiro/2017 a Julho/2017
Custo da Meta (R$):
Indicadores de acompanhamento:
01 web site.
% dos indicadores realizados:
100%
Desde o início de 2017 estamos com o site específico do projeto Mais Cultura que tem sido o repositório de todas atividades, documentos, mapeamentos, registros fotográficos contribuindo para a transparência do projeto Mais Cultura para comunidade interna e externa da UFPR.
Site: /www.proec.ufpr.br/maiscultura
Ação: 4. Incidir nas políticas públicas socioculturais a partir da Cartografia e Inventário.
Previsão de realização:Janeiro/2017 a Julho/2017
Custo da Meta (R$):
Indicadores de acompanhamento:
Mínimo de 02 reuniões por comunidade com o Poder Público para apresentação das demandas e necessidades; -01 reunião por município sobre Planos Municipais de Cultura.
% dos indicadores realizados:
Relativo ao apoio do projeto mutirão na proposta “Ô de casa”, que em resumo, previu o aporte financeiro para VIII Festa do fandango de Paranaguá, acabou por indiretamente apoiar o projeto como um todo, havendo incidência da logomarca e das ações do Mutirão mais cultura em todo material de divulgação, banners, cartazes e camisetas do projeto “Ô de Casa: Mobilização, Articulação e Salvaguarda do Fandango Caiçara”, IPHAN - termo de colaboração no 820928/2015).
Especificamente à produção da VIII Festa do Fandango em Paranaguá houve reuniões preliminares junto a detentores, representantes da prefeitura de Paranaguá, da então Fundação de Cultura e do IPHAN, contando com a presença de bolsistas do projeto Cotinga e do projeto Mutirão + Cultura em:
24 de abril de 2017 | 09 de maio de 2017 | 24 de maio de 2017 | 07 de junho de 2017 | 14 de junho de 2017 | 23 de junho de 2017 | 11 de julho de 2017 | 26 de julho de 2017 | 01 agosto de 2017
Mais substanciais foram as discussões sobre os processos de salvaguarda onde contamos com representantes das prefeituras locais, prefeitos, secretários e vereadores, dos municípios de Paranaguá, Guaraqueçaba, Cananéia, Iguape e Ubatuba, assim como representantes de associações, movimentos culturais, secretários de estado da cultura, representantes do MINC, na FUNARTE e do IPHAN (estadual e nacional).
Na 8ª Festa do Fandango Caiçara de Paranaguá que aconteceu entre os dias 18 e 20 de agosto de 2017, contamos com a participação de Marcelo Elias Roque (Prefeito de Paranaguá), José Luiz Desordi Lautert (Iphan/PR) e Izidoro Diniz (representante da SEEC/PR). Em seguida, foi realizada a mesa de debate “A patrimonialização do fandango como ferramenta político-jurídica”, com Andrew Toshio Hayama (Defensoria Pública/SP) e Carlos Marés (PUC/PR).
No dia 19/08 as 19:30h teve início a programação no palco principal com a mesa de debate “A salvaguarda do fandango: diferentes atores, diferentes perspectivas”, da qual participaram Simone Toji (Iphan/SP), Juliano Martins Doberstein (Iphan/PR), Harisson Camargo (Secretaria Municipal de Cultura e Turismo de Paranaguá) e Sérgio José Maria de Freitas (Secretaria de Cultura de Guaraqueçaba).
Em Guaraqueçaba entre os dias 02 e 08 de outubro de 2017 aconteceu a Semana do Fandango Caiçara de Guaraqueçaba. No dia 06/10, aconteceu a abertura dos bailes com a fala dos representantes do poder público da cidade, o prefeito Sr. Ariad Júnior, Superintendente do IPHAN/PR, Sr. José Luiz Desordi Lautert e do Diretor do Grupo Marista Irmão Panini, Sr. Julio Cesar Ponciano.
No dia 07/10, ocorreu a reunião “Direitos culturais: ferramentas para a resistência” com a participação de integrante do Movimento dos Pescadores Artesanais do Litoral do Paraná (MOPEAR).
Em Cananéia (SP) entre os dias 12 e 15 de outubro ocorreu a 2ª Festa do Fandango Caiçara de Cananeia, na Cerimônia de abertura, contamos com a presença de autoridades locais e convidados. Em seguida, aconteceram as conferências de abertura sobre os temas “A importância da salvaguarda do Fandango Caiçara, proferida pela Profa. Patrícia Martins, do Instituto Federal do Paraná/IFPR”, e “O reconhecimento do fandango como ferramenta de defesa dos direitos caiçaras, sob responsabilidade do Sr. Andrew Toshio Hayama da Defensoria Pública/SP.
Na noite do dia 13/10 foi aberta a mostra de vídeos sobre fandango e cultura caiçara. Em seguida, ocorreu a mesa redonda “Território, Patrimônio e Direitos Caiçaras” com a participação de Adriana Souza de Lima, integrante da Coordenação Nacional de Comunidades Tradicionais Caiçaras, de Simone Toji, representante do IPHAN/SP, e do assessor do Ministério da Cultura no Estado de São Paulo, Henry Durante.
Em Iguape as ações foram agregadas à 1ª Cooperfesta - Festa do Pescador Artesanal e 1º Encontro de Fandango de Iguape entre os dias 10 e 11 de novembro, com participação das coordenações das associações de pescadores artesanais e da Associação Jovens da Juréia.
Em Ubatuba o encontro aconteceu nos dias 08, 09 e 10 de dezembro, onde se deu também a consolidação do Comitê Gestor do Fandango Caiçara, com representantes de todas as áreas de incidência da manifestação, incluindo também representantes da Ciranda de Paraty, superintendentes regionais e nacionais do IPHAN, Coordenadores das áreas de cultura e turismo do município, pesquisadores e demais interessados, em uma grande reunião que tratou temas de relevância quanto à continuidade das ações de salvaguardo do Fandango Caiçara.
Durante as ações do Festival de Inverno da UFPR em Antonina tivemos diversas reuniões sobre as demandas direcionadas as políticas culturais e os espaços de visibilidade das práticas culturais. Foram realizadas com a Prefeitura no mínimo 02 em cada ano, 2017 e 2018.
Ação: 5. Garantir a realização de intercâmbios entre comunidades do Litoral e de artistas de cultura popular.
Previsão de realização: Janeiro/2016 a Julho/2016
Custo da Meta (R$): 31.950,00
Indicadores de acompanhamento:
10 intercâmbios realizados.
% dos indicadores realizados: 100%voltar ao topo ^
Data: novembro de 2016
Local: Paranaguá: Comunidade Valadares, Ponta do Ubá, São Miguel, Prainha e Piaçaguera.
Coordenadora: Beatriz Leite Ferreira Cabral
A visita técnica “Aprendendo com a Rede Caiçara de Paranaguá” foi idealizada em novembro de 2016, no âmbito do curso de extensão: Anfitriões da Baía de Guaratuba, cuja proposta foi a “formação de pessoas das comunidades do entorno da Baía de Guaratuba, em questões relacionadas à hospitalidade e à condução de turismo, tendo em vista a construção de um modelo de turismo que valorize as belezas e cultura da região, que gere renda para famílias do entorno da Baía de Guaratuba”. A ação é uma iniciativa Projeto de extensão: Fortalecimento do empreendedorismo, da inovação e gestão familiar do Turismo de Guaratuba, com apoio do Projeto Mutirão UFPR (MINC/MEC).
Participaram da atividade estudantes universitários, professores, técnicos-administrativos da UFPR e representantes do curso Anfitriões da Baía de Guaratuba das seguintes comunidades da região: Caieiras, Porto de Passagem, Prainha, Cabaraquara e Parati.
A realização viagem técnica teve como objetivo proporcionar a vivência de experiências que representam referências de destinos turísticos que praticam o Turismo Comunitário, mais especificamente no litoral do Paraná. A técnica de benchmarking já é uma metodologia utilizada nacionalmente, para possibilitar a vivência in loco das práticas de referência na área de gestão do turismo; e perpassa essencialmente cinco etapas: observação, assimilação, comparação, adequação e implementação (MTur, 2009). Para tanto, o público-alvo da visita realizou um roteiro turístico que abarca quatro comunidades da Baía de Paranaguá. , puderam perceber como as atividades são organizadas e geridas; e tiveram a percepção dos aspectos que o visitante avalia. Ao final da visita a cada comunidade, foi realizada uma roda de conversa entre os moradores das localidades com as pessoas do Grupo Guarapés, de modo a possibilitar a troca de conhecimentos.
LINK:
http://www.litoral.ufpr.br/portal/blog/noticia/projeto-promove-turismo-de-base-familiar-em-guaratuba/
Curso de extensão “Anfitriões da Baía de Guaratuba.voltar ao topo ^
Data: julho – setembro de 2017
Cidade: Paranaguá
Público Alvo: alunos do ensino médio e superior, comunidades caiçara de Guaratuba (PR), Paranaguá(PR), Guaraqueçaba(PR), Ilha de Superagui(PR), Barra do Ararapira(PR), Pontal do Sul (SP), Cananéia, (SP), Iguape (SP), Ubatuba (SP), Paraty (RJ).
Local: Associação de Cultura Popular Mandicuera – Ilha dos Valadares, município de Paranaguá Responsável: Professor Ary Giordani
Participantes: 12 Aprendizes (alunos da UFPR Litoral, do curso de luteria e membros da comunidade local), 2 Monitores (sendo 1 aluno egresso do curso de luteria da UFPR e 2 integrantes da associação mandicuera), 2 oficineiros. O aporte financeiro por meio do Projeto Mutirão – Mais Cultura na UFPR foi fundamental para finalização das atividades, propiciando o deslocamento do mestre em luteria caiçara Cleiton Prado proveniente da Barra do Ribeira (Iguape-SP), que junto com o mestre Aorélio Domingues, puderam finalizar os instrumentos do projeto, complementando o convênio 813661/2014 IPHAN.
O projeto Artesanias Caiçaras, a Sustentabilidade do Fandango Através da Construção de Instrumentos Musicais, teve como objetivo, somar a transferência de tecnologia – representada pelo curso de luteria da UFPR, tendo a participação de alunos e egressos do curso em todas as fases de sua execução, seja como instrutor, seja como bolsistas, aliando estes conhecimentos à técnicas caiçaras de construção. Em um ambiente de troca de conhecimento, os oito aprendizes puderam observar todo o processo de fabricação dos instrumentos e auxiliar em todas as suas etapas: da confecção das peças (fôrmas, braços, laterais, volutas, tampos) a colagem das peças e acabamento.
Após a finalização da confecção dos instrumentos, a cerimônia de entrega foi realizada na 8ª Festa do Fandango Caiçara e tinha como objetivo a articulação e a expansão dos debates acerca das diferentes dimensões da salvaguarda, e da sustentabilidade – do fandango caiçara, que tinham como foco a luteria caiçara, mas que partiram dela para pensar as práticas fandangueiras como um todo. Nesse sentido, além das ações diretas com os mestres luthiers e da aula inaugural, o acompanhamento da coordenação técnica e da coordenação pedagógica teve como prerrogativa a complementação das informações transmitidas no processo de ensino aprendizagem dos bolsistas, como forma de apresentar a complexidade dos saberes destas comunidades tradicionais.
Data: 23 a 25 de julho 2017
Local: Aldeia Indígena Kuaray Haxá (Município de Antonina)
Coordenadores: Professor Ary Giordani e Professora Ana Josefina – UFPR
A oficina teve por objetivo capacitar indígenas das comunidades supracitadas em técnicas artesanais tradicionais Mbya Guarani, sobretudo na confecção de peças zoomórficas cuja principal matéria-prima é a caxeta (Tabebuia cassinoides), trazida pelos indígenas da comunidade de Guavirá Ty, pela escassez da mesma na aldeia sede do curso. Além das atividades de corte e entalhe na madeira, os oficineiros passaram por todas as etapas de produção das peças, como os detalhes nos acabamentos e a queima das mesmas. As atividades foram conduzidas pelos indígenas Paulo Acosta e pelo Sr. João Acosta, ancião Mbya detentor de técnicas milenares passadas a seus familiares por muitas gerações. Foi também de extrema importância a participação do Sr. Rivelino Castro, conhecedor da região, que junto aos participantes realizou incursões para coletar cipós e bambus que também foram utilizados durante a oficina.
Aproveitou-se a oportunidade desse encontro para problematizar a dificuldade da extração da matéria prima, como também a ocupação territorial vivenciada pela comunidade Mbya na contemporaneidade onde a institucionalização das atividades e da necessidade do indígena se deparar com processos burocráticos no intuito de acessar recursos e de participar do mundo econômico e capitalista da sociedade englobante, questões muitas vezes distantes do cotidiano da aldeia, mas essenciais para a manutenção da identidade Mbya, grupo outrora detentor de um vasto território contíguo, indiferente às fronteiras geopolíticas impostas pela invasão colonial desde o séc. XVI. No terceiro dia de atividade os presentes estiveram reunidos com o Sr Denilson Passim, contador de larga experiência junto a comunidades tradicionais, associações e cooperativas, esclarecendo dúvidas e auxiliando nos encaminhamentos que a recém formada associação Indígena Mbya Guarani Kuaray Haxá (demanda apresentada pela comunidade ao projeto de extensão Cotinga – Cultura, Tecnologia e Etnodesenvolvimento, que vem desde 2016 os auxiliando nestas tramitações) deve realizar para usufruir de benefícios e ampliar as atividades da comunidade de modo associativista. Devido ao fato da associação contar com indígenas da comunidade Kuaray Haxá e Cerco Grande (Kuaray Guatá Porã) em seu quadro diretor, o momento foi essencial para que parte das discussões sobre o futuro da associação fosse pautado. Foram mencionadas também as atividades de intercâmbio realizadas junto a comunidades quilombolas da região, iniciadas pelo encontro de comunidades realizado em 2016, havendo expectativa quanto à continuidade das atividades em capacitação em técnicas artesanais, cuja próxima atividade prevista engloba beneficiários caiçaras, indígenas e quilombolas visando a construção de instrumentos musicais utilizados por todos estes grupos.
Data: 18 e 19 de Setembro de 2017
Local: Comunidade de Batuva – Guaraqueçaba – PR
Coordenadoras: Professora Ana Josefina Ferrari e Professora Beatriz Leite Ferreira Cabral
Com o objetivo de propiciar o diálogo entre os moradores de Batuva com pessoas que já estão envolvidas em proposta de turismo de base familiar no litoral, o encontro contou com a presença de representantes do Grupo Guarapés, constituído por pessoas que participaram do curso de extensão: “Anfitriões da Baía de Guaratuba” em 2016, vinculado ao projeto de extensão “Fortalecimento do empreendedorismo, inovação e gestão do turismo de base familiar da Baía de Guaratuba”.
Considera-se que a aproximação entre o Grupo Guarapés e pessoas de Batuva possibilitou a troca de experiências e perspectivas sobre o turismo comunitário, na medida em que as pessoas de Guaratuba já tiveram esta formação com o projeto de extensão e possuem experiência em receber visitantes. Conforme relatos dos moradores de Batuva, a participação deles nesta atividade propiciou a reflexão e valorização de práticas culturais associadas ao grupo. Todos relataram o sentimento de satisfação com a atividade.
Em termos quantitativos, a atividade propiciou a realização de 03 refeições que valorizam a culinária da comunidade quilombola, a organização de 04 atividades por parte dos anfitriões, as quais poderão ser configuradas em atrativos turísticos; possibilitou a experiência de hospedagem familiar em casa dos moradores da comunidade.
Após a primeira etapa do curso de Anfitriões de Batuva, outros encontros deverão ser realizados para que o processo formativo seja continuado. Considera-se que a estratégia de possibilitar a formação das pessoas de Batuva, através do encontro com outro grupo comunitário foi bastante enriquecedora, pois possibilitou que o diálogo entre eles ocorresse de forma horizontal; além de propiciar a valorização do conhecimento de ambos os grupos, seja daqueles que foram anfitriões e propuseram atividades que valorizam sua cultura e território; como por aqueles que partilharam com os anfitriões, seus conhecimentos e experiências sobre turismo de base familiar.voltar ao topo ^
Data: 02 e 03 de outubro de 2017
Cidade: Local: Reserva Extrativista do Mandira e Parque Estadual da Ilha do Cardoso - Cananéia - SP
Coordenadoras: Profª Ana Josefina Ferrari e Profª Beatriz Leite Ferreira Cabral
Nos dias 02 e 03 de outubro de 2017, os integrantes do grupo Guarapés e as comunidades do Cabaraquara, Antonina e Paranaguá participaram da visita técnica a reserva Extrativista do Mandira e Ilha do Cardoso em São Paulo, coordenado por duas docentes: Ana Josefina Ferrari e Beatriz Cabral, com o apoio de três bolsistas dos projetos de extensão.
Tendo o objetivo de propiciar o contato e o diálogo entre os moradores de Cananéia com pessoas que já estão envolvidas em proposta de turismo de base familiar no litoral, o encontro contou com a presença de representantes do Grupo Guarapés, constituído por pessoas que participaram do curso de extensão: “Anfitriões da Baía de Guaratuba” em 2016, vinculado ao projeto de extensão “Fortalecimento do empreendedorismo, inovação e gestão do turismo de base familiar da Baía de Guaratuba” e com alguns integrantes das comunidades locais do litoral paranaense.
Na comunidade de Mandira (SP) o grupo foi informado sobre as peculiaridades da comunidade, por estar inserida em partes, em Reserva Extrativista do Mandira à qual é uma Unidade de Conservação da Natureza de Uso Sustentável, e ainda em Comunidade remanescente de Quilombo. Na porção aquática, onde está situada a Reserva Extrativista do Mandira é praticado o manejo sustentável da ostra nativa Crassostrea brasiliana e, desde 2004, o turismo de base comunitária, como renda complementar.
Em palestra proferida por Francisco Mandira, com o apoio de outros integrantes da comunidade apresentaram o local e o modo de cultivo da ostra nativa, apreciada pelos participantes do grupo pela novidade nas técnicas de manejo das ostras.
No período da tarde foi realizada oficina sob responsabilidade de ministrantes do grupo Cheiro do Mato, de produção de sabonetes artesanais elaborados com óleos, plantas e glicerina. Ao final, cada participante recebeu uma amostra dos sabonetes confeccionados.
A seguir foi realizada visita a uma antiga ruína construída por antigos escravos e que revela importantes aspectos históricos da comunidade. No final da tarde, foi realizada roda de conversa para relatos sobre os resultados das atividades desenvolvidas durante o dia. Todos alegaram que ficaram satisfeitos e que a visita foi muito proveitosa para o intercâmbio cultural.
No outro dia, 03, seguimos de barco em direção ao Parque Estadual Ilha do Cardoso que fica a aproximadamente 67 km de Cananéia, para realizar visitação à unidade conservação estadual, para contato com condutores de turismo que possuem experiência a cultura e modo de turismo comunitário vivido na região. O grupo pode explorar parte da ilha onde foi construída uma sede para ser usada pela comunidade, mas foi interditada por não estar de acordo com as normas de segurança e estruturas apropriadas para o local. A ilha atualmente é habitada por aproximadamente 400 pessoas, incluindo uma tribo indígena.
Data: 18 e 19 de dezembro de 2017
Coordenadora: Laura Perez Gil
Nos dias 18 a 19 de dezembro de 2017 a Diretora do Museu de Arqueologia e Etnologia da UFPR – MAE, Professora Laura Perez Gil realizou a 1ª reunião com representantes indígenas das comunidades Sambaqui, Kuaray Haxa, Cotinga, Cerco Grande, Karaguata Poty Mbya-guarani da região do Litoral Paranaense com a finalidade dialogar sobre a proposta de realização de uma exposição com curadoria compartilhada com essas comunidades. Na reunião, foi apresentada aos representantes das comunidades a proposta, como também foram discutidos os aspectos técnicos do processo de elaboração de uma exposição. Uma vez concluída essa fase que visava repassar aos representantes das comunidades indígenas os processos curatoriais, deu-se início à definição do recorte temático da exposição. Inicialmente foram levantados vários possíveis temas para depois explorar cada um deles. Após essa discussão mais circunstanciada de cada tema, os participantes estiveram em condições de escolher o tema da exposição que seria o de “Artesanato Guarani”. Uma vez escolhido o tema, o debate se voltou para os possíveis eixos a partir dos quais esse tema seria explorado, que foram igualmente definidos, sendo considerados tanto os processos de elaboração, a relação com meio ambiente e territorialidade, e a conexão entre os objetos e a espiritualidade guarani.
Para encerrar a reunião, os representantes colocaram as dúvidas que ainda restavam e foram feitos alguns encaminhamentos para a realização da próxima reunião. A data para a segunda reunião da curadoria é os dias 7 e 8 de fevereiro de 2018.
O resultado da reunião foi extremamente positivo, visto que foi definido o tema geral e estabelecidos os eixos temáticos, o que permite já elaborar uma proposta tanto do circuito expográfico quanto da identidade visual, que serão apresentadas e debatidas na próxima reunião que era realizada na região mbya-guarani.
Data: 17 e 18 de agosto de 2017
Cidade: Local: Museu de Arqueologia e Etnologia da UFPR - Paranaguá - Paraná
Coordenadoras: Profª Ana Josefina Ferrari, Profª Beatriz Leite Ferreira Cabral
Nos dias 17 e 18 de agosto, o Museu de Arte e Etnologia (MAE) sediou o III Encontro das Comunidades tradicionais do Litoral do Paraná, em Paranaguá com o tema “Turismo Comunitário no Litoral do Paraná”. Nesse evento estiveram presentes alunos, professores e as comunidades indígenas, quilombolas e caiçaras reunidos para refletir sobre o turismo de base familiar e comunitária no litoral do Paraná.
Mariana Madureira, doutoranda em Psicossociologia de Comunidades e Ecologia Social (UFRJ) e mestre em História e Fundamentos Sociais da Arquitetura e Urbanismo (USP) explanou sobre Turismo de Base comunitária no Brasil. Na sua fala, a palestrante apresentou exemplos de alguns projetos de turismo comunitário no Brasil como o Projeto Bagagem; Raizes - desenvolvimento sustentavel no Brasil, Rede Turisol, que envolve iniciativas nacionais de turismo comunitário; e Rede Tucum, integrada por 13 comunidades do litoral do Ceará desde 2008.
Outro momento importante no evento foi a mediação realizada pela doutora em Sociologia pela UFPR, consultora na área socioambiental e técnica em assuntos educacionais do IFPR Larissa Mellinger. Com o objetivo de discutir sobre potencialidades, desafios e possíveis caminhos e significados que o turismo poderia assumir em cada território, os participantes foram divididos por abrangência territorial e cultural, constituindo a seguinte configuração: Núcleo Indígena, Núcleo Caiçara-Paranaguá, Núcleo Quilombola e Núcleo Caiçara- Guaratuba e sob a condução da mesma mediadora, as atividades do grupo foram apresentadas em plenária.
O encontro das comunidades foi encerrado com o planejamento de uma agenda contendo próximas atividades a serem desenvolvidas, entre elas 03 cursos de extensão: “Turismo comunitário e culinária caiçara”, para formar as pessoas que já trabalham em serviços associados à alimentação ou que desejem cozinhar durante a estada dos visitantes na comunidade; “Turismo na rede!”, para facilitar o processo de comercialização dos roteiros via celular; curso “Anfitriões de Batuva e Rio Verde”, voltado para as comunidades citadas participarem de processo formativo que favorece o exercício do trabalho como anfitriões.
LINK-
http://www.litoral.ufpr.br/portal/blog/noticia/encontro-de-culturas-e-realizado-no-maeufpr/
Encontro das comunidades.
Data: fevereiro a maio de 2018
Coordenadora: Laura Perez Gil
No período de fevereiro a maio de 2018 a equipe do Museu de Arqueologia e Etnologia da UFPR – MAE realizou visitas técnicas nas 5 comunidades indígenas que participariam de todo o processo de idealização e realização da Exposição “Meu Jeito de Ser Guaraní”. As visitas tinham por objetivo realizar registros fotográficos e em vídeo sobre o cotidiano nas aldeias, como a coleta de matéria prima para elaboração de artesanatos, o processo de elaboração dos artesanatos, danças e cantos na casa de reza.
TRAILER | Exposição Nhande Mbya Reko: Nosso jeito de ser Guarani
Data: 15 de março de 2018
Coordenadora: Professora Beatriz Ferreira Leite Cabral
O objetivo do encontro foi de apresentar o Projeto Mutirão – Mais Cultura na UFPR, Eixo 6- Economia Criativa para os representantes das comunidades tradicionais de Guaraqueçaba que tinham interesse em participar do curso de capacitação “Anfitriões do Litoral”. No evento estavam presentes 35- participantes entre alunos, professores e representantes das comunidades tradicionais de Sede de Guaraqueçaba, Pedra Chata, Tagaçaba, Serra Negra, Potinga, Cerco Grande, Barbados, Valadares, Piaçaguera, Cabaraquara e Caieiras.
Dentre os assuntos tratados no encontro teve a apresentação do caso do Grupo Guarapés;
a fala do ministrante Paulo Góes sobre a relação de turismo comunitário e comunidades tradicionais no litoral do Paraná; a organização da logística e explicação dos próximos encontros e a formalização de participação no curso Anfitriões do Litoral.
Data: 13 de dezembro, 30 e 31 de janeiro de 2018
Coordenadora: Professora Deise Cristina de Lima Picanço
13/12/2017: Foi realizada uma entrevista com Delma Pinto, uma das dirigentes do Bloco Boi Barroso, que relatou a história do Bloco e sua relação com a comunidade; com o Carnaval e com as festas e atividades das comunidades onde ficam as 19 capelas que fazem parte da Exposição Rogai por nós. Foram feitas fotocópias dos textos e fotos dos estandartes da exposição e visita ao Arquivo Público onde havia uma exposição sobre os blocos de boi de mamão do Município de Antonina.
30 e 31 de janeiro: Foi realizada uma reunião rápida em que tivemos a participação de Liliam Pinto, filha de Delma Pinto, que nos acompanhou nas visitas aos bairros para realizarmos as fotos de todas as 19 capelas com os estandartes; foram fotografadas as 19 capelas e realizada a revisão dos textos dos estandartes que comporão o catálogo da exposição.
Data: 16 a 18 de maio de 2018
Coordenadora: Professora Laura Perez Gil
Nos dias 7 e 8 de fevereiro de 2018 foi realizada na Reserva Técnica do MAE em Curitiba (Campus Juvevê) a segunda reunião para a organização da exposição Guarani. Dado que se trata de uma proposta de curadoria compartilhada, era fundamental a participação de representantes das comunidades. Foram convidados dois representantes de cada comunidade, sendo um homem e uma mulher. Das seis comunidades convidadas, aceitaram o convite cinco delas. Nessa segunda reunião, uma das comunidades (Tekoa Kuaray Haxa) não pode participar por incompatibilidade de datas com outros compromissos e suas vagas foram preenchidas por representantes das outras comunidades conforme a lista apresentada. Por parte do MAE, participaram a coordenadora da ação e chefe da unidade de Etnologia do MAE, uma das museólogas do MAE, bolsistas da unidade de Etnologia e do Mais Cultura (áreas de Antropologia e Design), e o fotógrafo do MAE para a realização do registro. Ao longo de dois dias foi desenvolvida a temática já definida na reunião anterior, sendo possível o detalhamento dos eixos e do percurso expográfico, a escolha de algumas peças da coleção do MAE e a necessidade de produção de outras peças que seriam incluídas assim como registros fotográficos que serão produzidos pela equipe em cada uma das aldeias. Foram também definidos o título da exposição e alguns aspectos da identidade visual para que a designer possa desenvolver algumas propostas a serem apresentadas na próxima reunião. Foram também definidas as próximas etapas do processo. No dia 06/02 os participantes T.I. Cotinga e da T.I. Cerco Grande foram por transporte marítimo até Paranaguá. Lá eles se incorporaram ao resto dos representantes das aldeias da T.I. Sambaqui, que iam na van fretada pelo projeto para seu transporte até Curitiba. O trajeto da van foi acompanhado por um dos bolsistas do projeto, Rodrigo Graça, para evitar qualquer transtorno. Os representantes voltaram a suas respectivas aldeias no dia 9/02. O resultado da reunião foi extremamente positivo, visto que foi detalhado o circuito expográfico, foram escolhidas algumas peças para compor a exposição, distribuído o trabalho entre as comunidades para a composição de peças inexistentes no acervo para compor a exposição, definidos alguns aspectos (paleta de cores, fontes) para a produção da identidade visual, e decididas as próximas etapas. A terceira reunião em Paranaguá será realizada entre os dias 16 e 18 de maio.
Ação: 6. Disponibilizar o acesso aos bens e conteúdos gerados pelos artistas das comunidades em equipamentos culturais institucionais, por meio de exposições, catálogos e apresentações (MAE, MUSA, Festival de Inverno, Festival de Cultura UNESPAR)
Previsão de realização: Janeiro/2017 a Julho/2017
Custo da Meta (R$):
Indicadores de acompanhamento:
-06 exposições realizadas; -04 catálogos elaborados e impressos; -16 apresentações das práticas culturais.
% dos indicadores realizados: 90%
Data: 22 e 23 de junho de 2016
Local: Antonina/PR
Coordenador: Ronaldo de Oliveira Correa
Encontro entre representantes de comunidades, docentes e estudantes com o objetivo de propiciar intercâmbio entre as comunidades tradicionais do litoral, apresentação das práticas culturais destas comunidades, integração com as atividades do Festival de Inverno da UFPR. Integração com atividades do 26º Festival de Inverno da UFPR e reuniões específicas com cada comunidade para construção dos materiais audiovisuais.
O evento contou com 29 participantes, entre esses, docentes da UFPR, estudantes e representantes das comunidades tradicionais ou institucionalmente constituídas, prioritariamente caiçaras e indígenas, associações voltadas para atividades artísticas, associações de moradores, grupos artísticos.
Nesse encontro aproveitou-se a oportunidade para realizar a exposição "Homens Loucos por Madeira" de artesãos do litoral do Paraná que realizam o aproveitamento de árvores caídas na mata atlântica do Litoral Paranaense para realizarem suas esculturas.
Data: 16 a 23 de julho de 2016
O Festival de Inverno da UFPR se consolidou como uma ação que mobiliza a comunidade acadêmica e as populações do litoral de Paraná, promovendo a descentralização das práticas e produções artísticas e culturais das diversas modalidades e segmentos artísticos numa perspectiva plural, dialógica e participativa, como parte fundamental do pensar e fazer acadêmicos. No ano de 2016, a proposta de comunicação visual do evento teve como referência a Bernúncia, personagem que é considerada uma das expressões do folclore popular da região. Das atividades realizadas no evento, algumas oficinas de capacitação tiveram como proposta a valorização e promoção da diversidade cultural, priorizando a cultura local de Antonina e região do litoral Paranaense.
Dentre estas estão:
- EM ANTONINA TEM... A LENDA VIRANDO CENA
Nesta oficina resgatamos as lendas de Antonina e transformamos em cenas através do Teatro de Animação. Os objetos se transformaram em personagens, desbravando a espontaneidade e a imaginação!
- BUMBA MEU BOI
O bumba meu boi é uma das lendas mais conhecidas do folclore brasileiro, estando presente em diversos estados com diferentes nomes: boi-calemba em Pernambuco, boi janeiro na Bahia e boi de mamão em Santa Catarina. Conhecemos e promovemos a diversidade cultural brasileira, usando os movimentos, a dança e o ritmo, além de muita diversão!
- O FREVO E SUA LINGUAGEM
A oficina foi destinada a alunos e músicos da Filarmônica Antoninense, que puderam adquirir conhecimentos através da experimentação e do universo da música popular, renovando mais uma vez o frevo, gênero musical e de dança nascido no Recife há mais de cem anos sob a tradição dos antigos carnavais. A oficina visou valorizar o frevo, que recebeu o título de Patrimônio Imaterial da Humanidade conferido pela UNESCO.
- RITMOS DA MÚSICA DE RAIZ (OS RITMOS DAS CULTURAS DO PARANÁ)
A proposta desta oficina foi transmitir ao aluno o conhecimento musical acerca dos principais ritmos e gêneros musicais de raiz difundidos no Paraná (Repertório, técnicas, características dos gêneros, configurações estéticas e culturais), abrangendo o território sul brasileiro e as fronteiras do Brasil com os outros países do Cone Sul. A prática musical foi feita através de instrumentos harmônicos (viola caipira, violão, acordeom), melódicos (flauta, clarinete, rabeca, violino, etc.) e percussivos (pandeiro, bombo leguero, caixa, condução e outros). Os principais ritmos abordados tanto na esfera da canção quanto na música instrumental foram o Fandango Caiçara, Chamamé, Guarânia, Pagode de Viola, Cururu, Milonga, Vaneira, entre outros.
- GESTÃO E PRODUÇÃO DE EVENTOS ARTÍSTICO-CULTURAIS (COMO TRABALHAR COM ORÇAMENTO REDUZIDO ALCANÇANDO OBJETIVOS SOCIAIS)
Nesta oficina, os participantes aprenderam como desenvolver eventos artísticos culturais com orçamento reduzido, visando não somente o entretenimento, mas também a formação social e qualidade de vida através da formação do cidadão pelo pertencimento à arte e cultura de outras comunidades.
- PRODUÇÕES DE IDEIAS PARA UMA CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL
A oficina visou oferecer um método dinâmico e interdisciplinar para produção de ideias com base nos princípios de sustentabilidade e de valores históricos do município de Antonina. Os participantes, por meio de estudos teóricos e prática de desenhos, elaboraram as diretrizes de um projeto de arquitetura do projeto de extensão do canteiro experimental do curso de Arquitetura e Urbanismo da UFPR. Esta implantação foi desenvolvida em parceria com a ADEMADAN e integrou atividades no Campus da Economia Criativa.
LINK: www.proec.ufpr.br/festival2016/ - 26° FESTIVAL DE INVERNOvoltar ao topo ^
Data: 18 e 20 de agosto de 2017
Cidade: Paranaguá - PR
Atividades propostas: Viabilização de intercâmbio entre detentores (caiçaras, indígenas e quilombolas) durante a VIII Festa do Fandango Caiçara de Paranaguá.
Público Alvo: comunidades caiçaras, indígenas e quilombolas dos estados do Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro, alunos de escolas municipais estaduais e de instituições de ensino superior, grupos artísticos, associações, cooperativas e comunidades das localidades de realização das atividades de um modo geral.
Equipe responsável: Ary Fábio Giordani,
Número de participantes da atividade: Aproximadamente 15.000 pessoas entre equipe, convidados, grupos artísticos e públicos em geral.
A 8ª Festa do Fandango Caiçara de Paranaguá aconteceu entre os dias 18 e 20 de agosto de 2017, reunindo grupos de Fandango Caiçara da cidade e recebendo grupos de Guaraqueçaba (PR), Cananeia (SP) Iguape (SP), Ubatuba (SP) e Paraty (RJ), para realização de mesas e conferências, apresentações e bailes de Fandango, atrações culinárias, oficinas e debates sobre a salvaguarda do Fandango Caiçara. A programação teve início com a reunião do Comitê Provisório de Salvaguarda do Fandango Caiçara, realizada na Casa Cecy na manhã do dia 18. A partir das 14h, já na Praça Cyro Abalém, ocorreu a apresentação do Boi de Mamão para alunos das escolas públicas da região, seguido da apresentação de fandango dos alunos participantes da oficina realizada nos dias anteriores. A abertura oficial aconteceu às 18h do mesmo dia, também no palco montado na Praça Cyro Abalém e contou com a participação de Marcelo Elias Roque (Prefeito de Paranaguá), José Luiz Desordi Lautert (Iphan/PR) e Izidoro Diniz (representante da SEEC/PR). Em seguida, foi realizada a mesa de debate “A patrimonialização do fandango como ferramenta político-jurídica”, com Andrew Toshio Hayama (DPE/SP) e Carlos Marés (PUC/PR).
Inicialmente a proposta levou em conta os compromissos firmados junto à comunidade caiçara e fandangueira do município de Paranaguá e adjacências, tendo em vista o auxílio às atividades extensionistas já em curso, neste caso prioritariamente no que se refere a VIII Festa do Fandango Caiçara realizada em Paranaguá. Após a definição de equipe de mobilização e articulação de detentores locais, da criação e confecção de material de comunicação e divulgação do projeto, seguiram-se ações de apoio para a realização de encontros, de apresentações, de oficinas, de mesas de debate e discussão e de bailes de fandango caiçara nos municípios de Paranaguá (PR), Guaraqueçaba(PR), Cananeia (SP) e Iguape (SP), de acordo com as demandas apresentadas pelas/os articuladoras/es locais. Para elaboração e aprovação de identidade visual do projeto foram utilizadas cores usadas na bandeira do divino, em pedaços de madeiras rústicos comuns em casas e canoas caiçara. Procurando representar as embarcações, o dia-a-dia e a morada caiçara. Conceitos ligados ao nome do projeto “Ô de Casa!”. As cores usadas foram o amarelo, o vermelho, o branco, o azul e o verde.
A Ação também contou com uma exposição fotográfica itinerante, cuja curadoria selecionou 30 fotos que retratam as ações de salvaguarda nas cidades após o registro do fandango. Bailes, apresentações, oficinas, criação de casas de fandango, festas, apresentações para turistas, fandango em bares, festas religiosas e encontros locais. Foi feita uma chamada para os articuladores locais fazerem uma primeira recolha dos registros desses momentos para compor uma narrativa sobre a força viva que tem o fandango nas comunidades.
Projeto Ô de casa.
Datas: 19 de maio 2018 a 23 de setembro 2018 (Paranaguá) e de 01 de outubro 2018 a 20 de outubro 2018
Curadoria: Grupo Folclórico Boi Barroso de Antonina, Professora Deise Picanço
Locais: MAE – Colégio Jesuíta. Rua XV de Novembro, 575 – Centro Histórico – Paranaguá, PR e Sala Arte & Design na Reitoria da UFPR – Curitiba, PR
A exposição “Rogai Por Nós” trouxe 21 estandartes, fotos e imagens religiosas das quais cada peça traz a história e memória de 19 capelas e igrejas católicas do município histórico de Antonina, litoral do Paraná. Dessa forma, a exposição buscou mostrar que as comunidades de cada capela antoninense são parte importante da configuração da cidade como espaço de memória.
A sua primeira mostra aconteceu em Antonina e foi organizada pela Família Pinto, responsável também pelas atividades do Bloco Folclórico e Carnavalesco Boi Barroso.
A exposição é fruto de uma parceria entre o MAE-UFPR e o Grupo Folclorico Boi Barroso através do trabalho da profª Deise Picanço pelo projeto Mutirão Mais Cultura na UFPR, que tem desenvolvido ações na região do Litoral do Paraná em vários municípios em parceria com associações de moradores de comunidades tradicionais de pescadores, quilombolas, indígenas, carnavalescos e artesãos.
Data: 11 de julho de 2018 até 4 de agosto de 2019
Curadora: Laura Perez Gil
A exposição é resultado da colaboração entre cinco comunidades da região litorânea do Paraná – Pindoty (Terra Indígena (TI) Ilha da Cotinga/Paranaguá-PR), Kuaray Guata Porã (TI Cerco Grande-Guaraqueçaba/PR); Guaviraty e Karaguata Poty (TI Sambaqui/Pontal do Paraná-PR), Kuaray Haxa (Morretes-PR) – e o Museu de Arqueologia e Etnologia da UFPR.
O lançamento foi realizado no dia 11 de julho de 2018 e contou com a presença de 67 representantes das 5 comunidades indígenas, comunidade acadêmica interna (alunos, professores e técnicos administrativos) e externa da UFPR. O objetivo da exposição foi trazer ao público aspectos da forma de vida, da arte, da cosmologia e da religiosidade Guarani tomando como ponto de partida o artesanato, buscando mostrar o cotidiano dessas comunidades tradicionais. Isso é mostrado com o contraste entre o artesanato fabricado para a venda aos jurua (não-indígenas) e os objetos tradicionais, voltados para as dinâmicas próprias das comunidades Guarani Mbya, como a religiosidade.
Data: 09 de dezembro de 2016
Local: Museu de Arqueologia e Etnologia da UFPR, Paranaguá/PR
Coordenador: Ronaldo de Oliveira Correa
O evento de lançamento do Caderno de Ensaios TOM contou com a presença 60 pessoas entre estudantes, docentes, técnicos administrativos da UFPR e representantes das comunidades, grupos de fandangueiros, prefeitura e rede municipal de ensino de Paranaguá.
A 4ª edição contou com a curadoria de uma equipe de técnicos do Setor Litoral da UFPR que propuseram como tema para o Caderno o Mar. Esse encarado como fronteira, mas também como barreira. Ao propor o deslocamento físico para o litoral, temos o compromisso com a errância não somente visual, mas também física. Buscamos, no fim, movimentar a nós e aos leitores e leitoras para, nesse movimento, encontrar com outros textos, imagens e leitores e leitoras.
Download TOM 4
4ª Edição do Caderno de Ensaios TOM: “O Mar Como Fronteira, O Mar Como Barreira”
Data: maio e junho de 2018
O “Circuito Cultura e Arte UFPR” aconteceu nos dias 18 a 20 de maio em Paranaguá e nos dias 15 a 17 de junho em Matinhos, como uma ação da Pró-reitoria de Extensão e Cultura da UFPR - PROEC, como uma etapa preparatória do Festival de Inverno da UFPR o evento promoveu a abertura de novos espaços de aprendizagem, prática, reflexão crítica, apreciação e produção artístico-cultural, num processo de integração com os mais variados segmentos da sociedade.
A realização do Circuito promoveu desafios de articulação com diferentes atores sociais do Litoral Paranaense, como também ofereceu acesso à essa população a uma grande diversidade de atividades e atrações artísticas e culturais.
O Circuito aconteceu em Paranaguá na sede do Museu de Arqueologia e Etnologia(MAE), que tem se tornado referência quanto a Cultura Popular, com ações artísticos educativas e apresentações culturais.
Também aconteceu o Circuito na praça principal de Matinhos, com ações de lazer, bandas locais e convidados externos.
Paralelamente ao evento foi realizado o Encontro dos Agentes Culturais na UFPR Litoral – Região Sul e do Simpósio de Gestão e Políticas Culturais do Litoral do Paraná.
Ação: 7. Elaborar série de produtos audiovisuais para serem disponibilizados nos meios de comunicação locais, estaduais e nacionais (vídeos, programas de rádio).
Previsão de realização: Janeiro/2016 a Julho/2017
Custo da Meta (R$):
Indicadores de acompanhamento:
10 registros audiovisuais elaborados e publicizados; -01 documentário.
% dos indicadores realizados: 50%
O material produzido durante o projeto Mutirão está inserido ao decorrer do site, assim como alguns de seus resultados podem ser encontrados nos seguintes links:
https://gshow.globo.com/RPC/Plug/resumo/praia-nada-o-plug-deu-um-role-diferente-pelo-litoral-paranaense.ghtml
- Reportagem RPC
Chamada para a exposição Nosso jeito de ser Guarani
LINK: www.litoral.ufpr.br/portal/blog/noticia/projeto-mutirao-entra-em-nova-fase/
Encontro Interdisciplinar
Ação: 8. Elaborar editoriais temáticos a respeito da diversidade cultural do território do Litoral.
Previsão de realização: Janeiro/2016 a Julho/2017
Custo da Meta (R$):
Indicadores de acompanhamento:
01 coleção com 18 fascículos temáticos; -100% das coleções nos acervos das bibliotecas públicas do Paraná.
% dos indicadores realizados: A proposta foi adequada sendo agregada a proposta do paradidático do Eixo 1.
A comissão do projeto Mutirão optou por elaborar um material que agregasse as temáticas culturais do Litoral e pudesse ser ao mesmo tempo um material destinado as escolas municipais e estaduais do Litoral. A produção coletiva de cada docente envolvido durante o projeto se apresenta no paradidático como um capítulo.
PRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO E CULTURA
Pró-Reitor:
Prof. Dr. Leandro Franklin Gorsdorf
COORDENADORIA DE CULTURA DA UFPR
Coordenadora:
Profa. Dra. Claudia Madruga Cunha
Trav. Alfredo Bufren, 140 - 3º Andar
Curitiba - Paraná - CEP:80020-240
Fone: (41) 3310-2763
cultura@ufpr.br